Em Milão, por exemplo, a sustentabilidade continua sendo um tema central. Materiais ecológicos, como madeiras de fontes sustentáveis e tecidos reciclados, dominam as coleções, refletindo uma crescente preocupação ambiental. Além disso, o minimalismo foi reinventado, agora incorporando elementos mais acolhedores, como cores terrosas e texturas suaves, proporcionando um ambiente mais quente e confortável.
O foco esteve na simplicidade com sofisticação, dominaram os espaços, proporcionando tranquilidade. Por outro lado a funcionalidade continua sendo um ponto alto, com móveis modulares e versáteis que podem ser adaptados para espaços pequenos e grandes, para além da utilização da iluminação como elemento complementar com luminárias esculturais e peças que criam atmosferas intimistas.
O travertino, uma pedra frequentemente confundida com o mármore, foi visto com muita frequencia pois traz um toque atemporal e pode ser integrada tanto em projetos clássicos quanto contemporâneos. Em termos de cores, houve um retorno às paletas vibrantes como azul profundo, verde esmeralda e amarelo mostarda que aparecem adicionando energia e personalidade aos espaços.
Essa tendência também é acompanhada por um desejo de personalização. Os consumidores estão cada vez mais interessados em criar ambientes que reflitam sua identidade única, e as paletas de cores ousadas oferecem uma maneira de expressar isso através do design. Sejam aplicadas em áreas residenciais ou comerciais, essas combinações cromáticas continuam a ganhar espaço como uma das grandes apostas do design contemporâneo.
Em Nova York, durante a ICFF 2024 (Feira Internacional de Móveis Contemporâneos), a integração de tecnologia nos ambientes foi um dos destaques, com soluções que combinam design e funcionalidade. As cozinhas, por exemplo, recebem atenção especial, com cubas amplas esculpidas em porcelanato, valorizando a praticidade e a durabilidade.
O minimalismo industrial continua sendo uma marca registrada nos conceitos novaiorquinos, com materiais brutos, como concreto e metal exposto, são contrastados com texturas suaves, como tecidos luxuosos e tapetes de alta qualidade. A automação é uma grande tendência, com casas inteligentes integrando tecnologias que controlam iluminação, temperatura e até fragrâncias.
Já em Paris a monotonia do minimalismo está cedendo lugar ao maximalismo, onde as cores e texturas se destacam como elementos centrais, tanto em revestimentos como em tecidos, trazem uma profundidade tátil aos ambientes, com papéis de parede e tecidos luxuosos sendo escolhas populares para criar uma experiência sensorial rica.
A alta costura se reflete no retorno de materiais nobres e acabamentos de luxo com o plus da sustentabilidade, focando em peças artesanais feitas com materiais sustentáveis. O uso de veludos, metais dourados e mármores foi evidente, porém, sempre equilibrado com uma visão ecológica. Paris também trouxe a ideia de interiores mais expressivos, onde o toque pessoal e a história do morador se manifestam através de obras de arte, peças vintage e cores ousadas.